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Beleza nas alturas: o que acontece com nossa pele e nariz durante os voos

Médicos explicam reações do organismo à baixa umidade durante voos longos

A baixa umidade do ar provoca uma série de incômodos. Dentro do avião temos a cabine pressurizada, ar condicionado intenso e em longos voos não é incomum pessoas reclamarem de pele e garganta secas.

“Além de ressecar a pele, o frio e a baixa umidade do ar pode favorecer o surgimento de sintomas respiratórios, como irritação da mucosa”, explica Dra. Mariana Chambarelli Neno, dermatologista da clínica Dra. Denise Chambarelli, no Rio de Janeiro.

A médica explica que a sensação de ressecamento pode ocorrer na região dos olhos, nariz e boca; podendo haver também retenção de água, que gera inchaços no rosto e no corpo.  “Para isso recomendo que seja aplicado e reaplicado hidratante indicado pelo dermatologista para o tipo de pele do paciente e borrifar água termal ao sentir desconforto durante o voo. É fundamental beber bastante água e o uso de meia elástica com compressão ajuda muito também à circulação sanguínea e oferece conforto durante o voo“, alerta Dra. Mariana.

Outro incômodo comum é sentir o ouvido entupir durante os vôos.  “O que acontece é que a mudança brusca de pressão atmosférica, apesar de as cabines das aeronaves comerciais serem pressurizadas, causa um desequilíbrio entre o ar que está dentro dos ouvidos e o ar do ambiente, gerando uma distensão da membrana timpânica, causando um abafamento temporário da audição e desconforto. O nosso organismo precisa da um tempo para equilibrar a pressão. Quem controla a passagem do ar e equilibra a pressão é a tuba auditiva, que é um canal que conecta o nariz ao ouvido. Pessoas com o nariz entupido podem ter dificuldade em descomprimir o ouvido, apresentando dor intensa, surdez prolongada e até perfuração do tímpano”, detalha o otorrinolaringologista Dr. Gustavo Gosling, da Otoclínica do Rio de Janeiro.

O médico explica ainda que a queda da umidade compromete as defesas do nosso sistema respiratório.  “A queda da umidade provoca o ressecamento das mucosas das vias aéreas e compromete a proteção natural do nariz, que é feita pelo muco que reveste a região, favorecendo a intensificação de problemas respiratórios como rinites alérgicas, crises de asma e a infecções virais e bacterianas, podendo ocorrer também sangramentos nasais, dor de cabeça e garganta seca”, explica Dr. Gustavo.

O otorrino destaca que o único modo de amenizar a surdez e pressão no ouvido durante um vôo é fazer o ar circular pela tuba auditiva. “A deglutição é a maneira mais natural de deixar o ar entrar e sair e voltar a relaxar o tímpano. Mastigar chicletes e bocejar ajuda a abrir a tuba auditiva. O uso de sprays nasais pode aliviar a obstrução do nariz e diminuir secreções, facilitando a passagem do ar para os ouvidos. Forçar a ventilação interna tapando o nariz, na chamada Manobra de Valsalva, também usada por mergulhadores, é outra técnica”, explica Dr. Gustavo Gosling.

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