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Dia do Turista

Na era em que a internet revolucionou a interação entre as pessoas e as formas de se consumir produtos e serviços, trazendo a tona os conceitos de economias compartilhada e colaborativa, ser turista ficou mais fácil. É o que afirma profissionais e especialistas que atuam nesse setor. Hoje é possível começar a planejar a sua viagem pesquisando em aplicativos como o Airbnb, Couchsurfing, que indicam quais são as opções de hospedagem compartilhada; e outros como Wego e BlablaCar, que trazem uma solução para quem quer se deslocar para onde precisar gastando muito pouco ou quase nada.

Dentre esses inovadores conceitos alavancados pela economia compartilhada está o de multipropriedade ou fração imobiliária, em que um imóvel para lazer e turismo é vendido em frações ou cotas a vários proprietários. Há um bom tempo esse modelo vem se tornando uma importante forma de financiamento de grandes empreendimentos turísticos , sem falar que a grande  maioria deles está ligada às intercambiadoras de férias, como a RCI, a maior do mundo.

“O sucesso do modelo de multipropriedade está intrinsecamente ligado às intercambiadoras e principalmente à RCI que é a líder mundial nesse segmento, é através delas que o sistema passa a fazer sentido para a maioria das famílias, pois elimina talvez o principal motivo de as famílias não quererem mais ter uma segunda moradia de férias, que é o fato de ficarem vinculadas à um único destino. E isso ajuda a fomentar e democratizar a prática do turismo”, afirma João Paulo Mansano, diretor comercial da New Time, uma das maiores empresas do Brasil especializada na comercialização de multipropriedades.

De olho em como esse conceito pode de fato ajudar a fomentar o turismo no mundo, grandes marcas no setor de hotelaria e lazer já aderiram ao sistema. “Para quem compra a fração de um imóvel de lazer é um investimento inteligente, pois tem um valor bem mais acessível, do que se ela fosse construir ou comprar uma casa ou apartamento só para passar férias. Além do mais, ela será dona e terá acesso  a um imóvel dentro de um resort luxuoso e exclusivo para desfrutar as férias, mas com baixo investimento”, afirma Adriana Chaud, também diretora da New Time.

Permutas

Dentro do conceito de economia compartilhada e colaborativa, uma prática que volta com tudo nos dias de hoje e de forma bem mais organizada, graças às novas tecnologias de comunicação, é a permuta, ou a velha troca.

Empresas da área de turismo estão entre as que mais participam dessa forma sustentável de consumo de serviços. “Pois por meio da permuta você pode pagar sua viagem ou hospedagem em um lugar bem bacana, e com isso ter mais dinheiro para conhecer o destino onde está, indo a passeios, restaurantes, conhecendo pontos turísticos famosos, ou seja, curtir o destino sem preocupar, com a hospedagem, que na forma convencional de se fazer turismo, costuma ser uma das coisas mais caras numa viagem”, argumenta Rafael Barbosa, especialista em economia compartilhada e fundador plataforma de permutas multilaterais XporY.com.

Ele diz também que a inserção do turismo dentro da economia compartilhada é muito bom para os turistas, e igualmente interessante para as empresas que vivem dessa atividade. “Os estabelecimentos turísticos, como hotéis ou pousadas, podem se beneficiar oferecendo dentro do sistema de permutas multilaterais seus serviços e contratando,  e nessa plataforma, eles também têm acesso a uma série de produtos e serviços para seu negócio. Sem falar que é mais um excelente canal de divulgação para a empresa”, explica Rafael.

Há quatro anos Rafael comanda a XporY.com, plataforma digital que reúne mais de 3.300 associados entre, profissionais autônomos e empresas, que oferecem os mais variados serviços e produtos em troca de outros. Tudo é negociado na moeda virtual X$, que é equivalente ao Real. “O associado estipula quantos X$ vale seu serviço ou produto e quando alguém usufrui do que ele oferece, essa pessoa ou empresa acumula X$ que podem ser trocados por outros serviços e produtos”, explica Rafael.

Segundo ele, dentre os mais de três mil integrantes da plataforma, existem várias empresas da área de turismo, desde hotéis e pousadas, à agências de turismo. “Por meio do sistema de permutas é possível sim viajar e fazer turismo com qualidade sem usar dinheiro”, ressalta o especialista em economia colaborativa.

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