O prefeito de São Paulo, João Doria, em visita a Seul, na Coreia do Sul, para reunião de captação de recursos, declarou na manhã da quarta-feira (13) que fechou um acordo com empresas locais para a revitalização do bairro do Bom Retiro, na região central de São Paulo. A reforma do bairro inclui a restauração de lugares como praças e bancos, e segundo o prefeito, deverá ter início em junho. Sete empresas já garantiram seu apoio à iniciativa, entre elas LG, Samsung e Hyundai.

Segundo o prefeito, o bairro, que abriga número significativo de imigrantes do país asiático, após a reforma passará a se chamar “Bom Retiro Little Seul” (nome com apelo turístico e que faz alusão a alguns adotados em outras metrópoles, como Little China)

TRANSPORTE
Outro ponto discutido na reunião em solo sul-coreano foi a questão do atual sistema de ônibus em São Paulo. Juntamente com o secretário municipal de Transportes da cidade, Sérgio Avelleda, Doria e os investidores estrangeiros visitaram o Serviço de Operação e Informação de Transporte (Topis) de Seul, considerado um dos melhores no mundo. A visita também teve como objetivo buscar recursos para a implementação de melhorias na mobilidade urbana da capital paulista.

Além disso, segundo Avelleda, a previsão é de que até 2020 toda a frota de ônibus de São Paulo tenha ar-condicionado e wi-fi. A medida será exigida na próxima licitação para escolher as empresas, prevista para acontecer em junho.

FIM DOS COBRADORES E PRIVATIZAÇÃO
Outra mudança prevista é o fim dos cobradores, pois o pagamento das tarifas não poderá mais ser realizado com dinheiro. Além disso, a gestão de Doria tem mostrado intenção de transferir o sistema de bilhetagem do setor público para o privado.

A ideia é que o passageiro possa, por exemplo, usar o bilhete único para pegar táxi. “Precisamos de uma empresa que tenha agilidade para trazer soluções modernas e agregar valor ao sistema de bilhetagem”, disse o secretário.

Outro projeto em discussão é fazer uma parceria público-privada (PPP) para administrar os corredores de ônibus.

*Fonte: Exame e Valor Econômico