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Transformações à vista no entorno do One World Trade Center, em Nova York


Enquanto a reconstrução do complexo World Trade Center se aproxima do fim, o entorno do local que serviu de alvo aos atentados de 11 de Setembro se transforma com rapidez impressionante. Se o memorial e o museu que lembram a tragédia já são um sucesso, e o terminal de transportes do arquiteto espanhol Santiago Calatrava ganha forma a olhos vistos, o mirante no topo do One WTC — que é o maior prédio do Ocidente e já atraiu inquilinos como o grupo de revistas Condé Nast — será aberto ao público em 29 de maio. De carona, lojas de grife, restaurantes estrelados e praças de alimentação se espalham por Battery Park.

Do outro lado da rua, no antigo World Financial Center, rebatizado de Brookfield Place após uma renovação de US$ 250 milhões, acaba de ser inaugurado o centro gastronômico Le District, uma espécie de versão francesa do italiano Eataly, do chef Mario Batali, no Madison Square Park. Funciona como um mercado, com todo o universo que se espera do país em questão: crêperie, pâtisserie, fromagerie, rôtisserie, charcuterie. Há ainda um florista, uma loja de doces típicos, um bar de vinho, um balcão que serve um dos bons filés com fritas da cidade (a US$ 19) e o elegante restaurante Beaubourg.

Em frente a uma marina, o Brookfield Place abriga ainda o Hudson Eats — onde fazem sucesso filiais do Umami Burger, badalada rede de Los Angeles, e do japonês Blue Ribbon — e dezenas de lojas do naipe de Paul Smith, Diane Von Furstenberg e, em breve, uma filial da Saks Fifh Av.

Já o lado da Rua Vesey se firma como entreposto da melhor cozinha de Nova York: estabelecidos a churrascaria Blue Smoke, do chef Danny Meyer, e a cantina mexicana El Vez, vêm aí uma filial do L’Atelier do chef francês Joel Robuchon, outra do Parm, do power trio Mario Carbone, Rich Torrisi e Jeff Zalaznick, e o bar de tapas Amada.

Perto dali, o Pier A Harbor House também virou destino de comes e bebes à margem do Rio Hudson. Havia anos fora de uso, o local hoje vende clássicos como ostras frescas, cervejas artesanais, hambúrgueres e pretzels. No segundo andar, que será aberto nos próximos dias, haverá um bar de aperitivos com varanda de frente para a Estátua da Liberdade e um restaurante com cardápio à base de ingredientes sazonais da região do Hudson Valley.

Não faltarão restaurantes — sem falar em teatro e espaço de exposições — no observatório do One WTC, que vai oferecer uma panorâmica da cidade nos três andares mais altos do edifício. A viagem até o 102º andar dura menos de um minuto, e os cinco elevadores são tomados por uma animação imersiva que recria o desenvolvimento da linha do horizonte de Nova York desde 1500. Ingressos, à venda na web, a US$ 32 (adulto) e US$ 26 (criança).

ARTE CONCEITUAL DE ON KAWARA

Há quem diga que On Kawara foi o inventor das redes sociais. O artista japonês — que morreu no ano passado, aos 81 anos — dedicou quase cinco décadas a uma obsessiva prática centrada em tempo e lugar: pinturas da data em que foram feitas; cartões-postais enviados de onde quer que ele estivesse, ao longo de 12 anos, com o carimbo da hora em que acordou; listas com os nomes de todas as pessoas que conheceu a cada dia.

O Guggenheim — cuja espiral não poderia ser melhor palco para o trabalho de Kawara — apresenta, até domingo, a maior retrospectiva da carreira do artista. O ponto alto é a reunião de três meses consecutivos da série de pinturas “Date paintings”, sempre com fundo cinza, azul ou vermelho e em oito formatos de tela diferentes. Chama a atenção, também, a quantidade representativa de exemplares de cada uma das categorias: dos oito mil postais que ele mandou entre 1968 e 1979, por exemplo, estão à mostra 1.500.

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