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Cruzeiros Turísticos

Chegada de americanos a Cuba preocupa turistas europeus que já frequentam a ilha


“Por enquanto, Cuba ainda é Cuba, mas em algum tempo, a cultura local terá desaparecido”. A afirmação é do turista holandês Frans Smans, em entrevista para a repórter Karla Zabludovsky ao site de notícias BuzzFeed. O turista se refere ao provável aumento no número de americanos que deverão desembarcar no país nos próximos anos, graças à retomada da relação da ilha de Fidel com os Estados Unidos.

Embora os europeus, que são os principais visitantes do país, estejam lamentando a chegada dos americanos, para muitos cubanos, a nova onda de turistas será muito bem vinda, afirma a repórter.

“Isto é um negócio”, comenta Julio Cesar Castillo, que está contruindo dois quartos novos em sua casa e espera alugá-los para estrangeiros.

Karla afirma que, embora muitos americanos achem que Cuba é uma versão caribenha da Coréia do Norte, fechada para o mundo, dados de turismo mostram o contrário. O setor já é responsável por 10,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e gerou mais de 124 mil postos de trabalho, de acordo com o Relatório do Conselho Mundial de Viagens e Turismo.

Apenas no último ano, o crescimento foi de 20% e cerca de 237 mil turistas chegaram à ilha. A maioria ainda é proveniente da Europa (Inglaterra, Alemanha e França) e do Canadá, mas, de fato, os americanos já chegam em quantidade cada vez maior. De janeiro até maio deste ano, desembaracam 51 mil, em comparação com os cerca de 37 mil que estiveram por lá no ano passado.

E a expectativa é de que este número cresça de forma acelerada nos próximos anos. Recentemente, uma companhia de cruzeiros americana Carnival recebeu autorização do governo dos Estados Unidos para operar uma rota entre a Flórida e a capital cubana, Havana. Para desespero dos europeus.

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