O ex gerente de vendas da Cadeia Othon e Coordenador da IGLTA no Brasil se junta ao Time Enjoy Trip hoje com seu blog “Diversidade e Turismo”
Prazer em conhecer você. Aqui somos o Turismo LGBT+.
Estou muito agradecido pela oportunidade em escrever essa coluna da ‘Enjoy Trip’ e quero começar com a apresentação do que é o Turismo LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) e do que se trata. Pois muitas pessoas confundem do porque nós existimos como segmento de mercado ou mesmo como nicho. Como qualquer segmento do turismo precisamos entender os negócios provenientes do grupo que estamos lidando. É o mesmo com o turismo de pesca, onde você terá que entender de pelo menos onde pescar. Ou de golfe, que talvez você não precise ser jogador, mas terá que entender das necessidades desses golfistas.
E é o mesmo com os Turistas LGBT+, que antes de qualquer coisa estará em busca de uma viagem com experiências e segurança, com respeito nos serviços oferecidos, preços de mercado e aquele ‘plus’ que todo cliente procura – oferecer estada em cidades e países abertos para esse público, se possível indicar os eventos da comunidade que poderão acontecer durante sua viagem, oferecer hotéis e estadas nas regiões mais desejadas pelos clientes, como as “gays villages”, entre outros detalhes que iremos tratar nessa coluna.
Esse é um momento duro para o Turismo no Brasil e no mundo, e claro isso reflete nos turistas LGBT+ que estão aguardando as aberturas de fronteiras e quais serão as possibilidades de viagem. Um país lindo é o México, que é um destino incrível com muitas opções e está aberto para nós brasileiros LGBT+. Além do próprio país para viagens curtas e rápidas, lembrando que estamos em abril e as curvas de disseminação do covid ainda são altas e isso faz com que as dúvidas de viagens fiquem em evidência. Assim, temos que acreditar nas vacinas e falar de viagem no futuro próximo, ou mesmo se programar para 2022.
O Turista LGBT+ é um reflexo de nossa sociedade, iremos encontrar em todos os níveis financeiros e sociais. Desde viajar de ônibus até curtir um cruzeiro, encontraremos os que irão preferir um safari na África. E ainda teremos os esportistas que vivem atrás dos eventos como as maratonas e outras competições. Iremos encontrar os turistas que gostam mais de cultura, gastronomia e os que irão buscar os destinos de festas e eventos. E não podemos esquecer ainda as famílias LGBT+, que no Brasil tem aumentado muito. Temos também os sêniores, as mulheres e os negros, ou seja, uma manifestação infinita de vontades, experiências e tipos de viagens.
Nesse ano e meio ficamos sem eventos presenciais, até a Parada Mundial LGBT foi virtual e cobriu durante 24 horas toda a Terra. E as Paradas do Orgulho LGBT+ são com certeza um grande motivo para viajar e conhecer novas fronteiras. A primeira a voltar e ser realizada de forma física será a de Copenhagen em agosto. São dois eventos muito importantes: o World Pride, que acontece a cada dois anos e o Eurogames com vários times europeus de diversos esportes. A princípio está aberto para quem puder ir, mas terá uma força dos residentes na Dinamarca e Escandinávia como os mais próximos. Importante é manter acesa a chama da comunidade LGBT+ e os lindos destinos que nos esperam.
No Brasil estamos todos ansiosos com o HH Festival que irá acontecer em um cruzeiro personalizado na costa brasileira. Está previsto para começo de dezembro e deverá ser realizado com muito sucesso de público e de festas especiais durante o cruzeiro a bordo e festas em espaços especiais nas praias. Como podem ver aos poucos vamos pensando nos eventos e traze-los de volta a ser uma realidade que agrada muito a esse público. O futuro nos aguarda.