Chef Marcos Livi do Grupo CGC apostou em duas casas no local, que já se tornaram as queridinhas dos paulistanos: Napoli Centrale e Bioma dos Pampas.
Turistas que vão passar o final do ano em São Paulo, não poderão deixar de incluir uma visita Mercado Municipal de Pinheiros em seu roteiro. O lugar ganhou este ano boxes especiais, a exemplo da premiada pizzaria Napoli Centrale e dos biomas, projeto idealizado pelo Instituto Atá, do chef Alex Atala, que representam os cinco biomas por meio de produtos emblemáticos e da valorização do pequeno produtor brasileiro. São eles: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Pampas.
O tour pode começar pela Napoli Centrale, que foi premiada pela Veja Comer & Beber 2016/2017 como melhor bom e barato da cidade. A pizzaria, que apresenta um formato enxuto, não tem sistema de delivery e só funciona de dia (mais precisamente das 8h às 20h). Mais: ela reúne em um único lugar o melhor da comida de rua de Napoli, ou seja, as redondas forneadas e as fritas, assim como outros fritos típicos da cidade. Seu serviço informal e atencioso alinha-se à praticidade, ao ambiente urbano-cosy e ao preço justo.
O menu protagonizado por pizzas destaca a simplicidade. Carro-chefe, a margherita, por exemplo, reúne mussarela fresca fior di latte, tomate pelado, pecorino, manjericão fresco e sal marinho (R$ 20). Já a salcissia, o mesmo queijo, calabresa artesanal, tomate e erva-doce caramelizada (R$ 20) e a colorida ortotolana, com fior di Latte, cogumelos, berinjela, abobrinha, tomatinhos amarelos e vermelhos (R$ 25). Aposta mais sofisticada, a primeira pizza do mês é a burrata e parma, salpicada com raspas de limão-siciliano (R$ 30). Ali, a fabricação dos discos é artesanato puro que pode ser assado ou frito, seguindo a melhor tradição da pizze fritti ripiene: Em Nápoles, a pizza frita em forma de calzone é das comidas de rua mais comuns. O recheio mais clássico é com ricota fresca, provola defumada e cicoli, que é um tipo de torresmo italiano, explica Gil Guimarães, chef expert em pizzas Napolitanas sócio da casa ao lado do também chef Marcos Livi. O menu ainda incluiu uma versão doce, com Nutella (R$ 15).
No comando da Cia. de Gastronomia e Cultura (CGC), o gaúcho Livi, também gostou em um outro espaço no Mercado, trata-se do Bioma dos Pampas. O local, inaugurado em abril de 2016, é responsável por representar as tradições do Rio Grande do Sul, no Mercado Municipal de Pinheiros. Ali, o cozinheiro reúne em 30 m² itens que contam um pouco sobre a riqueza de plantas, flores e frutas nativas do Sul, sobre o artesanato, sobre tradições esquecidas e ícones da culinária regional, passando pelo arroz, pela charcutaria, pelos queijos artesanais, pela doçaria tradicional de Pelotas e, claro, pelos incontornáveis churrasco e chimarrão.
