Ao contrário do que alguns sites de notícias publicaram, a assessoria de imprensa brasileira do SeaWorld nega o encerramento dos shows com orcas na unidade do parque em San Diego, na Califórnia. Em comunicado oficial aos investidores do parque e divulgado à imprensa, Joel Manby, presidente e diretor executivo da empresa, anunciou um novo plano de marketing para fortalecer a identidade do SeaWorld. De acordo com Manby, o objetivo desse plano é promover uma imagem mais natural e selvagem das atrações.

Entre as mudanças, está previsto para 2017 somente no parque de San Diego a substituição do atual show da orca “Shamu” (One Ocean) por outro com orcas. De acordo com a assessoria do SeaWorld, o novo show deve priorizar um comportamento “mais natural e sem acrobacias” dos mamíferos marinhos e continua com a participação dos treinadores.

“A nova experiência vai envolver e informar os hóspedes, destacando mais os comportamentos naturais da espécie. O show irá incluir mensagens de conservação e dicas que os espectadores poderão levar para casa com eles para fazer a diferença para orcas no mundo selvagem”, afirmou Manby aos investidores.

Discussão fora da água

O documentário norte-americano “Blackfish”, lançado em 2013, abalou as estruturas do parque ao questionar o confinamento em cativeiro dos animais protagonistas dos shows. O longa também lembra que três pessoas já foram mortas por uma mesma orca que vive confinada nas dependências do parque. Após sua exibição, protestos de ativistas contra o cativeiro da espécie de cetáceo aumentaram na porta dos parques.

No mesmo comunicado, o presidente da SeaWorld também anunciou a renovação do contrato que mantém um programa televisivo nos Estados Unidos sobre a vida selvagem marinha e seus resgates. E deu detalhes sobre os planos de uma nova montanha-russa cujo tema também deve ser resgate da vida marinha.