PUBLICIDADE

Multimodal

Etihad divulga novo relatório sobre questão dos subsídios


Relatório realizado pela Edgeworth Economia e divulgado pela Etihad Airways mostra supostas falhas no relatório das companhias aéreas americanas American Airlines, Delta Air Lines e United Airlines, que alegam que as companhias aéreas do Golfo (Emirates, Etihad e Qatar) receberam bilhões de dólares em incentivos dos governos de seus países e por isso estariam concorrendo deslealmente dentro do mercado americano.

Segundo o relatório, “ao contrário das alegações por parte das três maiores companhias aéreas dos EUA (Delta Air Lines, American Airlines e United Airlines), os serviços introduzidos pela Etihad Airways e outras companhias aéreas do Golfo para os EUA aumentaram a concorrência e a livre escolha do consumidor”. Números de tráfego para os mercados em que estas companhias aéreas concorrem com a Etihad Airways aumentaram em muitos casos, pois a concorrência estimula a demanda, de acordo com o estudo.

“Companhias aéreas dos EUA e seus parceiros europeus ganharam 223 mil novos passageiros (crescimento de 18%) somente em rotas do subcontinente indiano desde 2009”, diz o relatório. Devido ao aumento de oferta, porém, as americanas perderam 4,4 pontos de share. Para os passageiros Premium entre os EUA e o ISC (subcontinente indiano) para o mesmo período, o total real de passageiros transportados pelas operadoras e seus parceiros de aliança aumentou 27%, ou mais de 33 mil, embora a sua participação de mercado tenha diminuído 12,5 pontos percentuais.

Sobre a alegação de prejuízos às companhias americanas, o estudo diz que os preços da Etihad Airways nessas rotas são competitivos. “O Crescimento da Etihad Airways não é “excessivo”, conforme alegado pelas três companhias aéreas dos EUA e é o resultado do aumento da demanda por serviços aéreos de alta qualidade em mercados emergentes”, destaca outro trecho.

O relatório encomendado pela Etihad Airways também identifica “falhas fundamentais” e “ignora evidências-chave” no Relatório Compass Lexecon recentemente lançado pelas três maiores companhias aéreas dos EUA

DECLARAÇÕES FALHAS
O Edgeworth descobriu que o Relatório Compass Lexecon é “fundamentalmente falho” e “ignora evidências-chave”, já que contém dois pressupostos não fundamentados: o relatório trata como um fato consumado que a Etihad Airways e outras companhias aéreas do Golfo receberam subsídios, um ponto que tem sido meramente imposto pelas companhias aéreas dos EUA, mas que é objeto do processo de registro do Governo em curso; e que as três maiores companhias aéreas, essencialmente, “são donas” do tráfego em rotas já existentes e as companhias aéreas do Golfo só têm direito a competir pelo tráfego se elas puderem provar que têm “estimulado” este tráfego. O relatório Compass Lexecon também não estabelece uma “relação de causalidade” entre quaisquer subsídios alegados e qualquer dano afirmado para as companhias aéreas dos EUA

O Relatório Compass Lexecon, segundo a Etihad, não estabelece qualquer dano real causado pelas companhias aéreas do Golfo para operadoras dos EUA, enquanto que o relatório Edgeworth demonstra que a concorrência levou a um crescimento geral do mercado e aumento das opções para o consumidor.

Comentando os resultados do Edgeworth Economics, o diretor de Estratégia e Planejamento da Etihad Airways, Kevin Knight, disse: “as alegações feitas pelas três operadoras dos EUA de que a Etihad Airways e outras companhias aéreas do Golfo estão prejudicando seus negócios e pegando os seus passageiros, são não só falsas, mas também arrogantes. Elas não são donos desses passageiros, nem têm direitos sobre eles. Na Etihad Airways, acreditamos que devemos conquistar nossos passageiros oferecendo o melhor valor e produto pelo seu dinheiro, juntamente com o serviço mais conveniente”.

ALIMENTANDO ROTAS AMERICANAS
O executivo também observou que em 2014 a Etihad Airways introduziu 182 mil passageiros nas companhias aéreas norte-americanas, incluindo a American Airlines, Delta Air Lines e United Airlines, sendo que esse número deverá crescer 65%, para cerca de 300 mil passageiros em 2015.

“Nós trabalhamos com 48 companhias aéreas de todo o mundo que aproveitam a nossa posição estratégica no Golfo para conectar seus passageiros para os mercados emergentes do Oriente Médio, ISC e Ásia. Nós também introduzimos nossos passageiros nas redes das companhias aéreas parceiras, incluindo as companhias aéreas dos EUA, aumentando assim o alcance de nossas respectivas redes e aumentando a opção para os consumidores”.

“A política de Open Skies dos EUA tem sido um enorme sucesso para as companhias aéreas americanas e também permitiu que companhias aéreas como a Etihad Airways conectassem passageiros para os EUA, que de outra forma não poderiam viajar. Ela forçou as três maiores companhias aéreas e seus parceiros de aliança global, que entre elas controlam 50% do tráfego mundial de passageiros, a serem mais competitivas. É, portanto, preocupante que estas mesmas companhias aéreas estejam agora tentando anular o Open Skies e os enormes benefícios que ele traz para a concorrência e os consumidores”.

A Etihad Airways também confirmou que irá apresentar sua resposta completa para o Governo dos EUA até o final de maio.

PUBLICIDADE