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Artista pop ucraniana Pazza Pennello inaugura exposição inédita no Brasil

A partir de terça-feira, 22, a ucraniana Pazza Pennello que produz pop art inaugura no Brasil “A Revolução Bipolar” na Galeria Houssein Jarouche, agora em novo endereço no Jardim América. As pinturas e um vídeo estarão expostos pela primeira vez no Brasil até o próximo dia 30 de março. A curadoria é de Paulo Azeco. O novo espaço é um projeto do premiado arquiteto Marcio Kogan do studio MK27.

Uma das características das obras de Pazza é a influência da pop art. Alguns de seus trabalhos retratam produtos surgidos na Ucrânia após a queda da Cortina de Ferro. “As marcas fazem parte da memória da artista. Pazza nasceu na Ucrânia em 1987, portanto anos antes do fim da guerra fria e da queda da cortina de ferro, que separava as culturas ocidentais da cultura comunista soviética. Essas telas refletem esse encantamento inicial vivido e principalmente o choque cultural, refletido nos trabalhos pela apresentação dos novos produtos justapostos à aqueles já existentes no País”, explica o curador.

Nu feminino aparece no feixe de luz na série “Super Beam”

Na série “Super Beam” a artista explora feminismo, sexualidade e censura, temas marcados pelo pesado controle soviético. Nas obras um feixe de luz invade cômodos e cenas domésticas, iluminando corpos nus em ambientes que remetem aos anos 80. “Em 1986 uma participante de um programa de televisão disse ao vivo que ” não havia erotismo na URSS”. Na verdade o que ela queria dizer era que o tema não era abordado na televisão do país. Isso exemplifica como o assunto era visto no período, como algo imoral e indecente. O trabalho de Pazza joga luz sobre essa questão, expondo um contexto sexualmente emancipado mas que ao mesmo tempo não identifica os personagens. São mulheres querendo liberdade na sua sexualidade mas que são oprimidas pelo sistema”, diz Azeco.

O público ainda poderá conhecer o vídeo “My Corner” em que uma jovem conta sobre a vida de prostituição enquanto na tela aparece uma rua vazia. Durante dois minutos e cinquenta segundos a confissão da personagem leva o visitante a refletir sobre a condição da mulher nos dias de hoje, em qualquer lugar do mundo.

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