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Economia

Coluna do Bayard: Considerações sobre o Turismo e pandemia

 

 

O turismo nunca será o mesmo. Uma verdadeira revolução vai acontecer .Temos previsões mas muitas incertezas, sobretudo com o desemprego que foi gerado e como pequenas e médias empresas conseguirão retornar, já que representam quase 85./ de todo o negócio .

 

A grande expectativa é buscar empregabilidade para um contingente expressivo que se viu sem rumo repentinamente. Terão que desenvolver novos talentos e se adaptar cada vez mais ao mundo digital .Verificamos que as primeiras iniciativas de sucesso estão surgindo nas redes sociais mas o excesso de lives já começa a preocupar quando o foco é meramente comercial .

 

Estão nascendo padrões de higienização que vão nortear e dar segurança aos que pretendem viajar assim como capacidade de carga de todos os lugares para mais uma vez o consumidor não se sentir acuado. São novas funções que passarão a fazer parte da oferta de novas oportunidades, com cursos já em desenvolvimento.

 

Vejo muita preocupação com a retomada, mas pouca com o status quo atual que com raras exceções dispensou os colaboradores tornando os reféns de ajudas governamentais que são vitais, mas não representam de fatos os salários anteriormente recebidos.

 

Vejo falta de sensibilidade em projetar novos momentos com campanhas sem ter em mente que a situação financeira será outra e que projetos de turismo social, como o do SESC tomarão um vulto mais expressivo pelos valores praticados. As margens de lucro serão muitas, mas muito menores do que as já não grandes existentes.

 

Concordo que precisamos de muito otimismo e positividade para nossa sobrevivência inclusive mental atualmente, mas com um grau de objetividade e reflexão de que a nova era precisa ser construída a partir de agora, com atendimento a nossos colaboradores nas empresas e nunca esquecer que elas foram construídas com o suor e o trabalho diário de um grupo que escolheu cuidar das viagens alheias em todos os segmentos, abdicando de datas festivas, de horários fora do comum por salários nem sempre tão atrativos.

 

São considerações para também pensarmos com muita gentileza, solidariedade e parcialidade nas grandes discussões que estamos desenvolvendo.

 

 

Bayard Do Coutto Boiteux é professor universitário ,escritor e trabalha voluntariamente no Instituto Preservale e na Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ.

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