Em  função da extensão do estado de emergência no Japão até o próximo dia 31, foi confirmado nesta segunda,o cancelamento da visita do presidente do Comitê Olímpico Internacional,o alemão Thomas Bach.A viagem de Bach estava prevista para os próximos dias 17 e 18 – começando em Hiroshima, por ocasião da passagem da tocha olímpica -, de acordo com o Comitê Organizador de Tóquio-2020, mas o COI decidiu “adiar a visita por diversas situações, sobretudo a prorrogação do estado de emergência vinculado ao vírus” pelo governo japonês. Os Jogos Olímpicos devem começar no dia 23 de julho.

O estado de emergência, que é menos restrito no Japão que os confinamentos impostos em outros países do mundo, foi prolongado até o próximo dia 31 nas regiões do país mais afetados pela pandemia, entre elas a cidade de Tóquio. Em 24 horas, a capital registrou 573 novos casos de covid-19, elevando o total de contaminações para 146.600.

 

A crise de saúde no Japão foi muito menos intensa até agora que em outros países, com 10.800 mortes registradas oficialmente desde o início de 2020. Mas o programa nacional de vacinação avança lentamente e algumas regiões registraram nas últimas semanas níveis recorde de infecções de covid-19, com a propagação de variantes agravando a situação.

O governo japonês e os organizadores insistem que o evento esportivo poderá, apesar das dificuldades, acontecer “com segurança” este ano. Mas todas as pesquisas mostram que a maioria da população japonesa defende o cancelamento ou um novo adiamento. O primeiro ministro japonês, Yoshihide Suga, permaneceu na defensiva nesta segunda-feira ao insistir no Parlamento que “nunca” colocou os Jogos Olímpicos em primeiro lugar e que sua prioridade continua sendo “a vida e a saúde dos japoneses”.