Melhor fotografia, melhor efeitos especiais, melhor edição de som, melhor roteiro para essa natureza não existe concorrentes.
Antes mesmo que apareça a primeira imagem das Cataratas, o espectador vai passar por uma experiência sensorial. Dizem que o susto só funciona quando precedido de silêncio, mas ali ele prefere avisar o viajante com um ataque brutal aos ouvidos. A trilha sonora composta pelos instrumentos da natureza, rocha e água, cria estrondos em todos os volumes e acompanha sua adrenalina. Os chuviscos aumentam e se acentuam cada vez mais ao se aproximar das cachoeiras e deixa a natureza toda enevoada. Num zaap, nada parece verdadeiro à sua visão. Isso sim é efeito especial que nem mesmo o cinema consegue projetar em 3ª dimensão.
A força da paisagem se destaca num panorama de penhascos escarpados com 275 quedas de um portentoso volume de água que desabam de uma altura média de 70 metros e seguem por 2,7 quilômetros ao longo de um caudaloso rio. Enfeitiçado pela cena, só agora percebemos as cores deste cenário reduzidas às diversas graduações de um café com leite, além do azul que às vezes surge no céu entre a névoa formada pelo chuvisco das aguas.
Por Heitor e Silvia Reali