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WALT DISNEY CO COMEÇA CAPITALIZAÇÃO DA EURO DISNEY COM AQUISIÇÃO DE ACÇÕES PARA TORNÁ-LA ‘PRIVADA’

A Walt Disney Co já iniciou o processo de capitalização da Euro Disney, sociedade que gere a Disneyland Paris, maior destino turístico europeu, que passa na primeira fase por deter a totalidade do seu capital e retirar as acções da Bolsa.

A empresa norte-americana anunciou na sexta-feira passada ter comprado 90% a posição que a Kingdom Holidays tinha na Euro Disney, representando 9% do seu capital cotado, elevando assim a sua posição para 85,7% da sociedade europeia.

A empresa indicou que realizou a transacção a dois euros por acção e que é a esse preço que se propõe comprar os títulos remanescentes, acrescentando que concluída essa oferta compromete-se a investir até 1,5 mil milhões de euros nas companhias do grupo Euro Disney, para lhe permitir “continuar com a implementação de melhorias na Disneyland Paris, reduzir a dívida e aumentar a liquidez”.

A informação da ‘casa-mãe’ norte-americana realça que apesar da capitalização anunciada em 2014 “que permitiu ao Grupo fazer melhorias nas atracções e hotéis que gerara respostas positivas dos clientes e montaram o palco para a celebração este ano do 25º aniversário do resort, as condições financeiras do grupo têm sido significativa e negativamente impactadas pelos acontecimentos [atentados terroristas] de Novembro de 2015 em Paris e as desafiadoras condições de negócio que persistiram ao longo de 2016 em França e na Europa”.

A Euro Disney divulgou entretanto o balanço do trimestre terminado a 31 de Dezembro, primeiro do exercício 2016/2017, no qual informa que com base no balanço do exercício anterior, terminado a 30 de Setembro, o valor do seu investimento na EDA (Euro Disney Associés S.C.A.) foi considerado nulo e que, assim, registou 953 milhões de euros de imparidades.

A informação acrescenta que, por outro lado, de acordo com o Código Comercial francês, como os capitais próprios são inferiores a 50% do capital social, os accionistas terão que ser consultados sobre a continuidade das actividades, o que acontecerá na próxima assembleia geral.

Porém, realça a mesma informação, o reconhecimento das imparidades “não teve impacto” na tesouraria e cash flows do Grupo e da companhia.

A Euro Disney, de acordo com esse balanço publicado na semana passada, terminou o último trimestre do ano passado com 345 milhões de euros de receitas do resort, representando um aumento em 3% ou 11 milhões de euros.

Esse aumento compreendeu subidas de 3% ou seis milhões de euros nos seus parques temáticos, que somaram 194 milhões de euros, e 4% ou cinco milhões de euros nos hotéis e Disney Village, que alcançou 141 milhões de euros, enquanto os outros proveitos se mantiveram em dez milhões.

A CEO da empresa, Catherine Powell, citada no balanço destacou que apesar da conjuntura permanecer desafiadora, designadamente por se manter o estado de emergência em França, os parques da Disneyland ficaram “fantásticos depois de todo o trabalho feito para renovar as nossas atracções top, como a Big Thunder Mountain, a It’s a Small World e o Peter Pan’s Flight”.

Os dados do balanço indicam que o aumento de receitas dos parques temáticos em 3% resultou de uma subida em 6% do número de visitantes, relativamente à qual avisa que é preciso ter em conta que a comparação é com o trimestre em que ocorreram os atentado de Paris (Novembro de 2015).

Esse aumento, especifica ainda, foi gerado pelos mercados francês e britânico, enquanto da Bélgica e da Holanda teve decréscimos.

Acresce que o impacto dessa subida em 6% da frequência, por outro lado, foi parcialmente diminuído por uma queda em 3% no gasto médio por visitante, que a empresa atribui “primeiramente” à descida dos preços dos bilhetes.

Relativamente aos hotéis e Disney Village, o balanço refere que a subida de proveitos em 4% reflecte um aumento de três pontos percentuais da taxa de ocupação, por subida do número de hóspedes do Reino Unido, parcialmente atenuada por quedas dos mercados belga e francês.

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