Em visita recente ao Sergipe, um empresário me confessou que a capital do Estado é daqueles destinos de quem já conhece todo o Nordeste e quer completar seu mapa de cidades visitadas.
Não podemos negar que, devido às influências de rios, seu mar não tem os mesmos tons de águas como o das vizinhas cenográficas; sua orla, considerada uma das mais bonitas do Brasil, se esconde detrás de estabelecimentos comerciais; e suas atrações turísticas não contam com fama nacional.
Mas Aracaju é, sim, daqueles lugares que surpreendem forasteiros com opções que a gente não esperava em terras nordestinas. Tem museu com salas multimídia que fazem o visitante viajar o estado sem sair da capital; banco de areia que vira praia, em dias de maré baixa; e até pôr do sol, diante do mangue.
Com quase 600 mil habitantes e um litoral de 35 km, aproximadamente, a capital do menor estado brasileiro é a pequena notável do Nordeste.
- Orla de Atalaia
A cidade se orgulha de seu principal endereço turístico, mas chega a ser frustrante ter o mar escondido por um extenso complexo de estabelecimentos comerciais.
Ao longo de 6 km de extensão, a Atalaia é uma bem equipada orla com áreas de lazer como quadras, ciclovias, bares, restaurantes e o primeiro oceanário do Nordeste, a cargo do Projeto Tamar.
Para provar algo diferente, peça o gratinado de aratu do Caravelas Bar, um tipo de caranguejo servido em purê de macaxeira e creme de queijo. Para quem tem saudade de São Paulo, a Pizza D’Oro prova que é possível ter boas redondas em território nordestino, com massa fina crocante e bem recheada.
- Orla do Pôr do Sol
Localizada na Praia do Mosqueiro, às margens do rio Vaza Barris, essa orla de 600 metros de extensão é endereço estratégico para observação do pôr do sol, sobre um píer de madeira com vista para manguezais.
Inaugurado há pouco mais de 5 anos, a 30 km do centro, no extremo sul de Aracaju, o local é ponto de partida dos passeios às praias de água doce de Aracaju e conta com feira de artesanato, apresentações musicais, aos sábados, e até competições náuticas.
- Croa do Goré
Entre guarda-sóis de palha e pranchas de stand up paddle, esse banco de areia emerge e desaparece, de acordo com o movimento da maré das águas calmas do rio Vaza Barris.
O passeio de 5 horas de duração ((R$ 60 por pessoa) passa por manguezais e faz parada nessa ilha temporária, equipada com bar flutuante e atividades náuticas.
- Ilha dos Namorados
Localizada entre o rio Vaza Barris e o oceano Atlântico, a fim de se afastar do agito da capital sergipana.
Serviços de praia como bebidas e petiscos, cadeiras para descanso e tendas simples sob sombras ficam a cargo da empresa responsável pelo transporte (R$ 60, por pessoa, com parada também na Croa do Goré).
- Museu da Gente Sergipana
Localizado em um edifício de fachada imponente, no centro da cidade, esse museu funciona como um memorial nordestino que homenageia as manifestações populares e capítulos da história do menor estado brasileiro, em cenográficas salas multimídias em que o próprio visitante dá o tom do tour.