PUBLICIDADE

- INVISÍVEL

Recorde de visitantes em 2014 aproxima Estados Unidos da meta de 100 milhões em 2021

Tendo alcançado um número recorde de 74,8 milhões de turistas internacionais em 2014, os Estados Unidos se animam para conquistar a marca de 100 milhões de visitantes em 2021, conforme estabelece a Estratégia Nacional de Viagens e Turismo. Os dados consolidados referentes a 2014 foram divulgados na semana passada durante o IPW 2015, feira internacional de turismo organizada pela US Travel Association, que reuniu em Orlando o número recorde de 6.500 participantes, entre profissionais do setor e imprensa especializada.

Com inegável participação nesses resultados, os parques de diversões também tiveram seus números de visitação divulgados pela Themed Entertainment Association (TEA). O Magic Kingdom, do Complexo Disney, em Orlando, lidera a lista mundial, com 19,3 milhões de visitantes em 2014. Não por acaso, sediou a festa de abertura do IPW, com show de luzes e efeitos especiais. Presente ao evento, a secretária de Comércio dos EUA, Penny Pritzker, disse que o governo americano tem concentrado esforços para manter em alta o número de visitantes:

— Temos trabalhado com nossos consulados e embaixadas para reduzir o tempo de espera para o processamento de visto. Queremos melhorar a experiência de chegada do visitante com programas de Trusted Traveler, como o Global Entry, e expandimos o Visa Waiver para 38 países. Também estamos trabalhando para oferecer a melhor experiência de chegada possível, simplificando o processo em 17 de nossos principais aeroportos. E estamos ampliando o Preclearance, de seis para outros nove países.

No Preclearance, procedimentos de imigração e alfândega são feitos no embarque no país de origem. E o Global Entry agiliza a entrada de viajantes internacionais pré-aprovados, originários de países específicos. Nenhum dos dois programas se aplica ao Brasil.

Penny Pritzker nasceu em Chicago, e sua família, além de estar ligada à criação do conceituado prêmio Pritzker de arquitetura, tem laços com a indústria de turismo, pois fundou a rede de hotéis Hyatt (com unidades no Brasil). Pritzker diz, pessoalmente, amar o Brasil, e que já conhece Rio, Tiradentes e Salvador. Em sua primeira visita oficial ao Brasil no próximo dia 15 como secretária de Comércio, cargo que assumiu há dois anos, cumprirá agenda em Brasília e São Paulo. Ela falou ao GLOBO sobre o mercado brasileiro:

— O que fizemos pelo Brasil foi reduzir o tempo de espera para obtenção do visto de meses para dias. Recebemos 2,3 milhões de visitantes de seu país em 2014, com um crescimento de 10%. Este é o quinto ano consecutivo com recorde de brasileiros, que gastaram US$ 13 bilhões aqui em 2014. Há uma imensa oportunidade para continuarmos trabalhando juntos. Mas hoje o Brasil não é parte do Visa Waiver, programa que costuma ser mal compreendido. Há um número de exigências para a inclusão, entre elas estão o compartilhamento de dados de segurança, e taxa de recusa de vistos menor que 3%. Há quem pense que é apenas uma questão de negociação, mas o programa tem regras que precisam ser cumpridas.

TAXA DE RECUSA DE 3,2%

Em 2014, a taxa de recusa de vistos para o Brasil, que já teve dois dígitos, foi de 3,2% — o que alimenta esperanças de executivos do setor, como o presidente e CEO da US Travel Association, Roger Dow:

— Há duas coisas que o governo americano poderia fazer que podem contribuir para aumentar o fluxo de brasileiros para os EUA: trabalhar com o governo do Brasil para incluí-lo na lista do Global Entry, o que permitiria evitar longas filas na entrada. O Brasil ainda não está, mas poderia ser incluído facilmente A segunda seria conseguir o status de Visa Waiver para o Brasil. Isso pode demorar, envolve os dois governos. Mas estamos pressionando. O Brasil está no topo da lista de países que queremos. Se conseguirmos, isso vai adicionar um milhão de visitantes em um ano.

Nem a pressão do câmbio que valoriza a moeda americana em relação ao real derruba o otimismo de Dow:

— Pode haverá alguma redução nas viagens do Brasil para os EUA. Mas pelo que já vimos no passado, deverá ser temporário. A demanda e o interesse dos brasileiros continuam fortes.

PUBLICIDADE