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Multimodal

Novo modelo de poltrona de avião causa polêmica


O que parece pior dentro de um avião, se apertar na poltrona do meio ou viajar de frente para passageiros desconhecidos? Um novo modelo de assentos patenteado pela fabricante Zodiac Seats suscitou a polêmica.

Batizado de Economy Class Cabin Hexagon, por causa do desenho da nova configuração dos assentos, o projeto inverte a direção da poltrona do meio, a colocando de frente para as poltronas da janela e do corredor. A ideia, com isso, é ampliar o espaço para ombros e braços dos passageiros.

A polêmica reside justamente no fato de obrigar o contato visual entre passageiros desconhecidos, como acontece em alguns modelos de trem. O projeto sofre críticas também porque nele as poltronas não reclinam, já que as costas estão todas interligadas em uma peça única.

Por enquanto, o “hexágono” não passa de uma patente, sem previsão de sair do papel. Mas pode virar realidade se cumprir a promessa de aumentar o número de passageiros nas cabines econômicas de aviões usados em voos curtos. O projeto, também conhecido como HD31 (High Density 31-inch) prevê duas fileiras: uma com três poltronas (sendo a do meio virada para frente das outras duas) e outra com quatro. Com mais um assento do meio, a empresa promete até 30 passageiros a bordo.

Uma animação lançada pela fabricante francesa na última sexta-feira dá uma boa ideia de como pode ser a vida do passageiro do futuro.

Essa é mais uma mudança drástica proposta pela indústria aeronáutica. Em abril, a Airbus apresentou uma nova configuração para seus A380, com cinco poltronas na coluna do meio, em vez de quatro. A largura dos assentos, 45 centímetro, não diminuiria, mas os apoios para os braços precisariam ser “afinados”. Com a inclusão do assento extra em cada fileira da classe econômica, o número de passageiros passará de 525 para 544.

Em 2010, a low-cost irlandesa Ryanair anunciou planos de oferecer lugares para passageiros viajarem de pé em voos de curta distância. A ideia era retirar as dez últimas fileiras de 250 aeronaves e substituí-las por encostos (com cinto de segurança, claro) para quem se dispusesse pagar cerca de 4 libras por bilhete. Para o conforto geral, a ideia não decolou.

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