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Dicas de Viagem


Você chega em Paris e logo está na Torre Eiffel. Nem liga para a quilométrica fila para pegar os elevadores e, antes de todo mundo, já contempla a capital francesa das alturas. Quando cansar, em poucos minutos segue em linha reta até o Arco do Triunfo e passeia pela Champs Elysees sem se preocupar com trânsito nem dar um único passo. Deu fome? Aí é só deixar os óculos de lado e ir até a geladeira para ver se tem alguma sobra do almoço de ontem. Esse estranho cenário pode se tornar realidade em um futuro próximo, graças ao trabalho do pesquisador da Universidade de Viena, Helmut Hlavacs.

Ele está desenvolvendo um sistema que permite que as pessoas controlem um drone em lugares distantes. Funciona assim: do conforto de sua casa, você veste um óculos de realidade virtual e vê tudo o que o drone captura com sua câmera. Se você virar a cabeça, o drone vira junto. Assim é possível conhecer tudo, com o roteiro que preferir, sob um ângulo diferente de qualquer outro turista que vá pessoalmente às atrações.

Segundo o pesquisador, será preciso pelo menos mais um ano de trabalho para apresentar uma versão que poderá ser usada pelo público. Até o momento, o sistema foi testado apenas localmente, em espaços abertos e em uma rua estreita de Viena. O maior desafio é fazer o software responder em tempo real mesmo a longas distâncias. Afinal, muito atraso entre as imagens dos óculos e o drone pode deixar as pessoas enjoadas e confusas.

Há outros obstáculos que ainda precisam ser superados antes do lançamento comercial do produto, como a legislação específica de cada lugar para a operação de veículos aéreos não-tripulados e a segurança das pessoas que fisicamente visitarão cada atração. Em março deste ano, um drone que filmava uma manifestação na avenida Paulista para o jornal Folha de S. Paulo caiu ferindo duas pessoas. Outro caso semelhante aconteceu no ano passado durante uma prova de triatlo na Austrália.

Hlavacs, porém, vê as dificuldades pequenas perto do benefício que a tecnologia pode trazer para as pessoas. Para ele, o drone-turista vai ajudar muito mais do que os que simplesmente tem preguiça de avião, passaporte, hotel e multidões. “Um aspecto importante disso é a inclusão, seja para pessoas que não podem pagar uma viagem, seja para aqueles que tem algum tipo de deficiência que o impeça de visitar um lugar, ou qualquer outro que, por alguma razão, não tem tempo”, contou o pesquisador em entrevista para a revista Newscientist.

Para quem não quiser esperar tanto para conhecer o mundo visto de cima, já dá para brincar um pouco em dois sites. O Travel by Drone (http://travelbydrone.com) e Travel with Drone (http://travelwithdrone.com) trazem compilação de vídeos feitos por drones por todo o mundo. Com um clique, você pode voar sobre uma grande diversidade de locais como a Antártica, Nova Caledônia, Mongólia, Gana e Itanhaém, no litoral sul de São Paulo.


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