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Arnaldo Bichucher: “Som do Mundo”

 SOM DO MUNDO

 

Abafaram o som do mundo.

Quase não escutamos mais uns aos outros.

A pior coisa que pode acontecer é não conhecer opiniões diferentes, não respeitar o diferente, considerar a diversidade sem importância.

Hoje temos que nos esforçar para escutar e entender os outros.

Escutar e entender são dois lados da mesma moeda, o que não quer dizer que aconteçam sempre ao mesmo tempo.

Na primeira aula na faculdade de comunicação social aprendi que comunicação não é o que se fala, mas o que o outro entende. O responsável pela comunicação, aquela sem ruído, aquela clara, aquela que cumpre com seu papel, é o emissor, nunca o receptor.

Agora temos um obstáculo, um anteparo que prejudica a comunicação.

Por isso temos que nos esforçar ainda mais, para encontrar alternativas que garantam o bom entendimento entre pessoas e povos.

Mas há quem se aproveite desse problema.

Na atividade turística há procedimentos e regras, que determinam o volume de viajantes e visitantes em todas as partes do mundo. Nesse caso a comunicação tem que ser muito clara e baseada em raciocínio lógico.

Ao viajante, alguns itens são fundamentais para que ele realmente se motive, entre eles um dos mais importantes é a segurança. Mas o que é segurança?

Segurança é não ser assaltado, segurança é não ser furtado, é não ser passado para trás, etc. Mas segurança também é ter um banheiro limpo por perto, segurança é uma percepção abstrata que muitas vezes não tem ligação com polícia e ladrão.

O aspecto mais contemporâneo da segurança é não ser infectado pelo Coronavírus. Segurança é sair de casa e curtir bons momentos, viver experiências inesquecíveis e voltar para casa são e salvo.

E é aí que mora o perigo, pois se internamente conseguimos dar os primeiros passos para a recuperação da atividade, externamente passamos a ocupar os últimos lugares nas decisões de destinos a serem visitados.

Para que fique muito clara a comunicação, estamos afirmando que o Brasil continua aguçando o instinto explorador de turistas internacionais, mas, apesar de uma possível demanda reprimida, não estamos nos principais portfólios e vitrines do mundo.

Superar essa realidade depende das ações locais e regionais, mas muito mais das ações federais. Nossa imagem está muito manchada e precisa urgentemente ser recuperada. 

Como? 

Estão abertas as discussões , obviamente respeitando as diferenças, mas escutando um ao outro. Mesmo que nossas vozes estejam abafadas, não podemos nos calar. E se for necessário, aumentar o volume para furar esse bloqueio.

Gritemos, brademos!

Foto:Divulgação

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