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Andrea Nakane: Hospitalidade

Doutora em Comunicação Social,a professora Andrea Nakane,especialista em Eventos e autora de vários livros é mais uma aquisição da nova Equipe da Enjoy Trip.Ela hoje fala sobre Hospitalidade e Solidariedade:conexão de pura humanidade

 

 

O ser humano é um ator social, que necessita viver em comunidade, sendo vital para sua sobrevivência o relacionamento com seu semelhante.

E seguindo esse pensamento, há a sinergia do viver e conviver bem com o próprio conceito da hospitalidade, que versa sobre um compêndio de comportamentos oriundos da própria sociedade, cuja função básica é estabelecer relacionamentos ou fortalecer os já existentes.

A hospitalidade, então, pode ser conceituada como um processo que relaciona pessoas e espaços, com méritos de acolhimentos, no qual ocorra a convergência entre os envolvidos, seja organicamente ou estimulada por um viés comercial.

Fica cristalino no âmbito sociológico e antropológico a existência de um cabedal de contextualizações que explica o interesse na inserção da hospitalidade como um rito essencial nas relações humanas, além do seu foro familiar e íntimo, pois proporciona a reciprocidade. E esse axioma resulta em um grande apelo psíquico, de uma pseudo garantia futura, afinal, não temos controle total sobre o amanhã.

E quando analisamos os pressupostos relacionados a solidariedade, que nos conduz a compreender seu significado por meio da identificação com o sofrimento do outro e, principalmente, se oferecer a colaborar para solucionar ou amenizar alguma situação geradora de aflições e/ou dificuldades, temos um respaldo pleno para a convergência dos termos.

O fato de buscarmos individualmente, cada qual da sua forma, maneiras de sobreviver e viver as idealizações de cada jornada, não nos isenta de percebemos o coletivo ao nosso redor.

A solidariedade demanda muito mais que uma entrega de doação financeira ou até mesmo alívio da consciência. Ela está sedimentada nas relações sociais, que não são escolhidas, e sim compulsoriamente adquiridas quando estamos inseridos em uma determinada comunidade, e portanto, em um contexto social, regido por aspectos de pura humanização.

No caso de uma hospitalidade doméstica, a de mercado, não de fórum íntimo, essa questão também surge e orienta condutas. E que pode ser ampliada pela condição da hospitalidade nata, que essencialmente acompanha cada um de nós, em uns mais aflorada, em outros adormecida.

“…condição grupal resultante da comunhão de atitudes e sentimentos, de modo a constituir o grupo de unidade sólida, capaz de resistir às forças exteriores e mesmo de tornar-se ainda mais firme em face da oposição vinda de fora”

Essa definição genérica, fragmentada, sem maior profundidade, encontra-se no dicionário Michaellis e está ligada a… Solidariedade… mas, também poderia estar vinculada a Hospitalidade.

Razão pela qual afirmamos que a hospitalidade e solidariedade, apresentam muita simbiose.

E nos tempos atuais, em que estamos expostos a inúmeras fragilidades, há uma urgente necessidade de expressar plenamente nossas atitudes repletas de hospitalidade e solidariedade, que evocam um compromisso com o outro, e sobretudo, consigo mesmo, como um cidadão que não é um ermitão.

Pratique intensamente a hospitalidade e a solidariedade… não há efeitos colaterais negativos.

 

 

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